quarta-feira, 25 de julho de 2007

AZEDINHA



Nome científico
Rumex acetosa L.

Fotos ampliadas
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Família
Poligonáceas

Sinonímia popular
Azedeira, azedinha da horta, azeda-brava
Sinonímia científica
Acetosa pratensis Mill.

Parte usada
Planta inteira

Propriedades terapêuticas
Antiescorbútica, laxativa, diurética, antiinflamatória, refrescante, tônico

Princípios ativos
Antraquinonas, ácido oxálico e oxalatos (oxalato ácido de potássio), vitamina C, 5% de taninos, substâncias amargas, gordura, açúcar, ferro

Indicações terapêuticas
Anemias, erupções cutâneas, falta de apetite, retenção de urina, eczemas crônicos, verminoses, afecções biliosas, dores do abdômen, inchaço, cansaço dos pés e mãos, chagas, feridas, úlceras

Informações complementares
AtençãoNão confundir esta azedinha (Rumex acetosa L) com outra azedinha (Oxalis acetosella L.) Outro nome popularAzeda comum

Nome em outros idiomas
Espanhol: acedera, vinagrera, agrilla
Alemão: Sauerampfer
Inglês: common sorrel, sheeps´sorrel
Italiano: ronice, acetosa
Francês: oiselle de pres

OrigemEuropa e Ásia.

Uso medicinal
Segundo Pio Corrêa, é uma planta acidulante, refrigerante e neutralizadora da ação de substâncias purgativas e acres. No estado fresco encerra 41% de ácido silícico, 17% de cal, 15% de potassa, 5% de ácido fosfórico e em quantidades menores pela ordem em que vão sendo mencionadas, magnésia, alumina, soda, óxido de ferro, cloro, ácido sulfúrico e óxido de manganês. Além de seu valor como alimento em saladas, caldos, etc. é refrescante e muito depurativo.
Na medicina atual suas folhas frescas e cruas são utilizadas em casos de falta de apetite, casos de retenção de urina e como depurativo do sangue.
As sementes são utilizadas para combater eczemas crônicos e verminoses. A decocção das folhas e da raiz é antiescorbútica e diurética, sendo empregada com este último objetivo nas afecções biliosas e inflamatórias.
As suas raízes podem ser utilizadas como laxante por conter antraquinonas em sua composição. O sabor amargo é devido à quantidade de ácido oxálico que possui, que limita sua utilização.
Para uso externo, uma máscara facial pode ser feita, picando finamente suas folhas sendo assim um excelente descongestionante.
O chá feito com a erva seca pode ser utilizada interna ou externamente para problemas de pele. Um vinho cozido com a azedinha pode ser um remédio barato para dores do abdômen.
O suco pode ser utilizado para tratar deficiências em vitaminas. Porém seu uso deve ser restrito e moderado, principalmente para pessoas com tendência a formação de cálculos.

Dosagens indicadas
Infusão para problemas de pele. Colocar 2 colheres de chá da erva seca com um quarto de litro de água fervente. Deixar abafado por 10 minutos. A dose correta é de duas xícaras ao dia, não passar disso. O restante indevido deve-se utilizar para lavar o local afetado.
Diurético
Infusão: verter um litro de água fervendo sobre uma porção de folhas picadas. Repousar 10 minutos. Tomar três calicezinhos ao dia.
Suco: espremer um punhado de folhas frescas até obter seu suco. Tomar 1 colher (sopa) de hora em hora. Chagas, feridas, úlceras: faz-se um cozimento com um punhado de folhas em um litro de água por alguns minutos. Banhar o local.
Inchaço e cansaço dos pés e mãos: aplica-se um cataplasma feito com folhas inteiras frescas .

Contra-indicações
O sabor amargo da azedinha é devido ao conteúdo de ácido oxálico que limita sua utilização. Pessoas com tendência a formação de cálculos oxálicos não devem fazer o consumo desta planta. Não deve ser utilizado por pessoas que tenham artrite, reumatismo e cálculos.
Não se deve fazer o uso de suas folhas frescas em grande quantidade, com o risco de intoxicação. Quando a azedinha é escaldada, perde grande parte de seus ácidos oxálicos, tornado-a mais própria para o consumo e diminui assim seu efeito indesejável.

Efeitos colaterais
O consumo de azedinha em grandes quantidade é problema sério, pois compromete na digestão, a absorção de cálcio pelo organismo, levando a graves enfermidades. Portanto deve-se consumi-la com moderação e de preferência escaldada, com isso diminuindo seus efeitos indesejáveis e aproveitando suas propriedades benéficas.
Não deve ser utilizado por pessoas que tenham artrite, reumatismo e cálculos. Mesmo assim seu consumo deve ser moderado, pois seus oxalatos e sais alcalinos podem levar a uma intoxicação. Vômitos, diarréias, dificuldade de engolir e urinar podem ser os efeitos da intoxicação. Portanto cuidado ao consumi-la em grande quantidade!

Culinária
Utilizado em sopas, também como saladas. Para o consumo são mais apropriadas as folhas e brotos tenros antes da floração. O seu sabor ácido empresta às saladas sabor muito agradável. Porém fazer uso moderado. Não se deve cozinhar a azedinha em panelas de alumínio. Esta regra também vale para o espinafre.
Cozinha-se a azedinha como o espinafre, adicionando ovos batidos e manteigas. Uma sopa deliciosa pode-se fazer com a azedinha, fritando o alho em óleo e adicionando em seguida fubá. Ao dourar um pouco o fubá , acrescenta-se água e deixa cozinhar até engrossar o caldo. Ao fervido adicionar a azedinha picada e mexer um pouco.

Uma outra sopa saborosa :
2 porções de azedinha picada
1/4 copo pequeno de manteiga
6 copos de caldo de carne magro
2 gemas
sal e pimenta a gosto Derreta a manteiga na panela no fogo baixo e frite suavemente a azedinha por 5 minutos. Não deixe que a manteiga escureça e fique marrom. Assim estraga o sabor. Adicione o caldo de carne e ferva, tirando toda a espuma que se formar na superfície. Tempere. Bata as gemas diretamente no recipiente onde irá ser servida a sopa. E adicione o líquido fervente sobre as gemas bem batidas, batendo vigorosamente com um garfo. Sirva imediatamente com torradas e queijo ralado.

Curiosidades
Pedáneo Dioscórides, médico militar grego do exército de Nero, utilizava suas sementes com água e vinho, para curar problemas de diarréia. As raízes ele as utilizava para dermatites e cozidas com vinho para dores de dentes e ouvidos.
Na Idade Média eram utilizadas as raízes como emoliente, para males do fígado e depurativo. Porém na medicina moderna já não é mais utilizada. Mas na medicina popular ainda é muito apreciada.
Hoje é empregada na Homeopatia uma tintura que se faz de suas raízes frescas.
Uma forte infusão de azedinha remove manchas de linho, vime e prata. As folhas e as partes floridas produzem um corante amarelo esverdeado. A raiz fornece material corante vermelho.

Bibliografia
Medicinal Plants - Roberto Chiej
Enciclopédia das Ervas e Planta Medicinais - René Morgan
Las plantas medicinales - William A.R.Thomson
Plantas que curam - Editora Três
Herbs & Spices - Simon & Schuster
Plantas medicinales - Grau & Jung & Münker
Das Grosse Buch der Heilpflanzen - Mannfried Pahlow
Geheimnisse und HeilKräfte der Pflanzen - Reader´s Digest
Plantas y Flores Medicinales / 1 - Aldo Poletti
Heilpflanzen - Manfred Bocksch
Hausbuch der Kräuter _ Der Gute Tip
Herbs & Spices - Sarah Garland
Dicionário das Plantas Úteis do Brasil - M. Pio Corrêa

2 comentários:

Vanessa Bretas /Bióloga e professora. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Boa matéria. Gosto muito de ervas medicinais , inclusive achei um site muito bom para tratamento com ervas medicinais o Link é: www.chamedicinal.com.br