quinta-feira, 27 de agosto de 2009

EQUINÁCIA


Devido ao grande surto de gripe que todos os Invernos ataca o nosso país, achei apropriado e necessário escrever sobre uma das plantas medicinais mais populares e indicadas no combate a gripes e a todo o tipo de infecções.

A equinácea é realmente uma planta miraculosa, estimula e revitaliza o sistema imunitário ajudando o corpo a combater vírus e infecções, com a vantagem de ser compatível com anti-bióticos.

História
Muitos estudos têm sido feitos sobre esta planta especialmente nos Estados Unidos onde o seu consumo tem vindo a aumentar de ano para ano.

Os índios americanos utilizam-na há milhares de anos para curar picadas de serpentes, dores de garganta, dores de dentes e infecções várias.

O termo “equinácea” deriva do grego que significa ouriço caixeiro, devido ao aspecto do cone central da flor.

Habitat
A Equinacea angustifolia e a Equinacea purpurea são ambas cultivadas tanto na América do Norte como do Sul, Europa, Nova Zelândia, Austrália para fins terapéuticos. Nas regiões centrais na América do Norte ainda se pode encontrar em estado selvagem correndo grandes riscos de extinção devido ao seu uso e abuso. Existe ainda a Equinacea pallida também com propriedades medicinais, mas menos eficaz.

A Equinacea purpurea é a mais facilmente propagada a partir da semente na Primavera ou por divisão da raiz no Outono. As flores devem ser colhidas no pico da floração, ou seja, Agosto e Setembro, e as raízes devem ser desenterradas de quatro em quatro anos no Outono.

Preferem solos arenosos e ricos, adaptando-se também a outro tipo de solos desde que sejam bem drenados. Podem ser cultivadas ao Sol, tolerando também sombra parcial.

Podem atingir mais de um metro de altura.

Floresce durante os meses de Verão, sendo as suas flores muito atractivas para borboletas e insectos.

Utilização e Propriedades
Utiliza-se tanto as flores como as raízes, sendo estas últimas mais eficazes deixando até um certo formigueiro na língua especialmente quando tomada sob a forma de tintura.

A equinácea é um purificador do sangue, sendo portanto utilizada para curar vários tipos de problemas cutâneos, frieiras, herpes, abcessos, acne e furúnculos, mas ainda dores de garganta, gripe, amigdalites, gengivas inflamadas, congestão nasal, rinite alérgica, sinusite, problemas respiratórios, tosse, bronquite, infecções urinárias e fúngicas, asma ligeira, mordeduras e picadas.

Devido às resinas que a constituem, tem acção anti-biótica, anti-séptica e anti-bacteriana, estimulando a resposta do sistema imunitário aos problemas de pele e do aparelho digestivo.

Os óleos voláteis ajudam a combater espasmos e a aliviar a dor.

A inulina encontrada na raiz ajuda a restabelecer o equilibrio das bactérias intestinais.

Os flavonóides que se encontram nas folhas, fortalecem os vasos sanguíneos e dissolvem os radicais livres que são moléculas responsáveis pelo envelhecimento das células e o aparecimento de algumas doenças cardíacas.

Para tratar problemas de infecções agudas, a equinácia é mais eficaz em forma de tintura (tomar 20 a 30 gotas ou uma ou duas colheres de chá, diluídas em muito pouca água, três ou quatro vezes por dia). Esta tintura é geralmente feita a partir da raiz da planta, e pode encontrar-se à venda em qualquer ervanária. A equinácea existe ainda em forma de cápsulas, chá ou rebuçados para combater dores de garganta e tosse. Para uso externo existem, também, pomadas à base de equinácea utilizadas como cicatrizante e desinfectante de feridas e cortes.

Cosmética
Existem shampoos, pasta de dentes, e cremes de pele muito eficazes no combate ao acne.

Receita
Se decidir comprar sementes e cultivar a equinácea no seu jardim, poderá confeccionar a sua própria tintura a partir das flores e folhas frescas e também das raízes.

Colha as flores ou raízes, láve-as e encha com elas um frasco até cima. De seguida, verta sobre elas 40% de água e 60% de álcool (que poderá ser aguardente, conhaque ou brandy – mas não usar álcool etílico) até encher o frasco. As proporções de água-álcool podem variar, havendo mesmo quem utilize apenas álcool. No entanto, a proporção de água não deverá ser superior à de álcool. Pode ainda utilizar vinagre em vez de álcool.

Guardar o frasco em local escuro e fresco, agitando-o de dois em dois dias. Ao fim de três semanas, coar e guardar a tintura num frasco escuro, rotulando-o com a data de preparação, tendo em conta que esta terá uma validade aproximada de dois anos.

As tinturas administradas a crianças têm de ser muito diluídas, não são aconselhadas a grávidas nem a pessoas com problemas gástricos.